Teacher Trained da Universidade de San Diego/CA
Programa Mindful Self-Compassion for Teens (MSC-T)
A adolescência é um período de mudança e crescimento. É o período da vida reservado à rebeldia e a autodescoberta, mas à medida que as demandas da vida aumentam para os adolescentes, esse período costuma ser repleto de confusão, ansiedade ou depressão.
Para muitos adolescentes, esses desafios levam à desconexão e ao isolamento.
Este curso, Mindful Self-Compassion for Teens (MSC-T), foi desenvolvido para facilitar a conscientização, a autocompaixão e a compreensão de nossa humanidade comum, em resposta a esses desafios crescentes.
Neste curso de 8 semanas com encontros semanais de 90 minutos, os adolescentes se envolvem em atividades adequadas ao desenvolvimento, partilhas e reflexões, práticas e meditações cuidadosamente elaboradas, que lhes proporcionam a oportunidade de aprender a navegar pelos altos e baixos emocionais da vida com maior facilidade, dando a oportunidade ao adolescente construir uma forma mais saudável de se relacionar consigo mesmo.
Apoiado por pesquisas empíricas (que coletam dados concretos mesuráveis), este programa demonstra uma diminuição significativa na depressão, ansiedade, estresse percebido e humor negativo, após fazer o curso.
O currículo foi adaptado do Mindful Self-Compassion para adultos criado por Kristin Neff (pesquisadora) e Christopher Germer (psicólogo que trouxe o Mindfuness para as psicologias cognitivo-comportamentais da terceira geração).
O Programa de 8 Semanas
A atenção plena é o primeiro passo para a cura emocional — ser capaz de enfrentar e reconhecer nossos pensamentos e sentimentos difíceis (como inadequação, tristeza, raiva, confusão) com um espírito de abertura e curiosidade. A autocompaixão envolve responder a esses pensamentos e sentimentos difíceis com gentileza, simpatia e compreensão, para que possamos nos acalmar e nos confortar quando estivermos sofrendo. A pesquisa mostrou que a autocompaixão aumenta muito o bem-estar emocional. Ela aumenta a felicidade, reduz a ansiedade e a depressão e pode até ajudar a manter hábitos de vida saudáveis, como dieta e exercícios.
Como atua o MSC -T :
Seguindo os passos do programa MSC para adultos, o MSC-T está enraizado nos três componentes principais da autocompaixão: Autobondade, Humanidade Comum e Mindfulness. Estes elementos servem para abrir os corações dos adolescentes ao seu próprio sofrimento, para que possam aprender a dar a si mesmos o que realmente precisam, reconhecer que não estão sozinhos no seu sofrimento e encorajar a abertura e aceitação desta fase tão difícil que enfrentam.
No MSC-T os adolescentes aprenderão:
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como parar de ser tão duros com eles mesmos
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como lidar com as emoções difíceis com maior facilidade
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como se motivar com encorajamento em vez de críticas
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como transformar relacionamentos difíceis
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práticas de atenção plena e autocompaixão para casa e vida cotidiana
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como evitar comparações nas mídias ao se conectarem com seus próprios valores
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como se tornar seu melhor amigo
O MSC é eficaz?
Um estudo randomizado e controlado demonstrou que o MSC aumentou significativamente a autocompaixão, a compaixão pelos outros, a atenção plena e a satisfação com a vida, bem como diminuiu a depressão, a ansiedade e o estresse. As melhorias estavam ligadas ao quanto uma pessoa praticava a atenção plena e a autocompaixão em suas vidas diárias.
Exploramos esses e outros tópicos por meio de exercícios, vídeos, discussões, meditações e práticas de movimento. O programa termina com um olhar sobre o poder da gratidão.
AUTOBONDADE
X
AUTOJULGAMENTO
HUMANIDADE COMUM
X
ISOLAMENTO
MINDFULNESS
X
SUPERIDENTIFICAÇÃO
Os três componentes da autocompaixão
Definida por Kristin Neff ( www.selfcompassion.org ), a autocompaixão tem três componentes:
A autocompaixão implica ser caloroso e compreensivo com nós mesmos quando sofremos, falhamos ou nos sentimos inadequados, em vez de ignorar nossa dor ou nos flagelar com autocrítica. Pessoas autocompassivas reconhecem que ser imperfeito, fracassar e enfrentar dificuldades na vida é inevitável, então elas tendem a ser gentis consigo mesmas quando confrontadas com experiências dolorosas, em vez de ficarem com raiva quando a vida fica aquém dos ideais estabelecidos. As pessoas nem sempre podem ser ou obter exatamente o que desejam. Quando essa realidade é negada ou combatida, o sofrimento aumenta na forma de estresse, frustração e autocrítica. Quando essa realidade é aceita com simpatia e bondade, maior equilíbrio é experimentado.
A frustração por não ter as coisas exatamente como queremos costuma ser acompanhada por uma sensação irracional, mas generalizada, de isolamento – como se “eu” fosse a única pessoa sofrendo ou cometendo erros. Todos os humanos sofrem, no entanto, a própria definição de ser “humano” significa que alguém é mortal, vulnerável e imperfeito. Portanto, a autocompaixão envolve reconhecer que o sofrimento e a inadequação pessoal fazem parte da experiência humana compartilhada – algo pelo qual todos nós passamos, em vez de ser algo que acontece apenas “para mim”.
A autocompaixão também requer uma abordagem equilibrada de nossas emoções negativas, para que os sentimentos não sejam reprimidos e nem exagerados.
Essa postura equilibrada decorre do processo de relacionar experiências pessoais com as de outras pessoas que também estão sofrendo, colocando assim nossa própria situação em uma perspectiva mais ampla. Também decorre da vontade de observar nossos pensamentos e emoções negativas com abertura e clareza, para que sejam mantidos em consciência plena. A Atenção Plena (Mindfulness) é um estado mental receptivo e sem julgamento, no qual a pessoa observa os pensamentos e sentimentos como eles são, sem tentar suprimi-los ou negá-los. Não podemos ignorar nossa dor e sentir compaixão por ela ao mesmo tempo. A Atenção Plena exige que não sejamos “identificados demais” com pensamentos e sentimentos, de modo que sejamos apanhados e arrastados pela reatividade negativa.